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2012 - Livro Vermelho 2013

Thelypteris concinna (Willd.) Ching LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 17-05-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída e presente em Unidades de Conservação.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Amauropelta concinna (Willd.) Pic. Serm.;

Família: Thelypteridaceae

Sinônimos:

  • > Thelypteris concinna ;
  • > Polypodium concinnum ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Dados populacionais

​Os poucos registro catalogados (CNCFlora, 2011) mostram populações esparsas

Distribuição

A espécie ocorre nos estados Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal (Salino; Almeida, 2012)

Ecologia

A espécie é uma erva com ocorrência nos biomas Cerrado e Mata atlântica. Há poucos registros catalogados. Apresenta hábito terrícola (Salino; Almeida, 2008) e os estudos da Universidade de Brasilia registraram a ocorrência em local úmido e sombreado (1362, UB 8473).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Várias áreas que mantinham remanescentes significativos de vegetação nativa de Distrito federal, desde a fundação de Brasília, desapareceram nos últimos anos, e continuam desaparecendo rapidamente. Em UNESCO (2000) registra-se que, em apenas 44 anos (avaliação de 1954 a 1998), o DF perdeu 57,6% da sua cobertura vegetal e que a categoria cerrado foi a mais atingida, com 73,8% de perdas (Batista; Bianchetti, 2003).

1.1 Agriculture
Detalhes Nas áreas de Cerrado, tais como no Distrito Federal, onde a espécie ocorre, a degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. Em um manejo deficiente do solo, que muitas vezes é aplicado na região, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km² do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O Estado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado (Costa, 1997).

1.3.1 Mining
Detalhes Na região central do Espinhaço, foram identificadas como principais ameaças: a mineração, a expansão urbana, o turismo descontrolado, a criação de gado e as queimadas (Vasconcelos et al., 2008).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: Estação ecológica dos Fechos, MG, Parque do Guará, DF (CNCFlora, 2011) e Parque Estadual Jacupiranga (Salino; Almeida, 2008)

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Extinta (EX). Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA - SP, 2004).

Referências

- VASCONCELOS, M.F.; LOPES, L.E.; MACHADO, C.G.; RODRIGUES, M. As aves dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço: diversidade, endemismo e conservação., Megadiversidade, n.1-2, p.221-241, 2008.

- SMITH, A. R.TRYON, R. M.; STOLZE, R. G. Thelypteridaceae. Fieldiana Botany New Series, 1992. 1-80 p.

- BATISTA, J. A. N. BIANCHETTI, L. B. Lista atualizada das orchidaceae do Distrito Federal. Acta Botanica Brasilica, v. 17, n. 2, p. 183-201, 2003.

- KLINK, C. A. MACHADO, R. B. A conservação do cerrado brasileiro. Megadiversidade, v. 1, n. 1, p. 147-155, 2005.

- COSTA, J. P. O. Avaliação da reserva da biosfera da Mata Atântica. CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA, v. 6, p. 48, 1997.

- SALINO, A.; SEMIR, J. Thelypteris subg. Amauropelta (Kunze) A.R. Sm. (Thelypteridaceae - Pterophyta) no estado de São Paulo, Brasil. Lundiana, v. 5, n. 2, p. 83-112, 2004.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E. Pteridófitas do Parque Estadual de Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 22, n. 4, p. 983-991, 2008.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E. Thelypteridaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB092151>.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E. Thelypteridaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Thelypteris concinna in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Thelypteris concinna>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 17/05/2012 - 19:56:39